Boas vindas

Neste Blog quero apresentar minhas invencionices artísticas e mostrar algumas poesias. Espero que gostem das imagens e comentem.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Páginas






Se foi.
Parecia que jamais iria.
Me deixou ausente e vazia.
Feliz e sem sorte,
Contemplando uma solidão forte e vadia.

O livro foi fechado.
E as páginas que o preenchiam simplesmente desapareceu.
Se foi, assim como veio.
Tão rápido e tão suave como um arrepio.

Já era tarde, eu sei que era.
Mas a fortaleza que nos protege nem sempre é suficiente.
Já passou. Eu minto. Jamais irá passar.

Acabou o frio na barriga e me ver no teu olhar
Acabou a primavera e todo o tempo que eu podia ficar
Se foi para sempre. O amor que nunca iria acabar.

sábado, 27 de setembro de 2008

Partículas


Em momentos que não se espera nada,
vida, morte, solidão.
Na imensidão de si mesmo
procurando algo que já se foi
ou quem sabe nunca existiu.

Parece que foi ontem
que os seus olhos me viram realmente pela primeira vez
parece que foi ontem
que senti que meus braços eram curtos
para abraçar o teu amor
parece que foi ontem
que a vida sorriu pra mim através da sua boca
parece que foi ontem
que o mundo se abriu pra mim
como um livro indecifrável
parece que foi ontem que eu decidi partir.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Irônico



Sentindo-me distante
Demasiadamente sentimental
Como se a vida se perdesse num instante
Estando limpa como um cristal.

Sólida como a bruma de cada amanhecer
Vazia como a lama, que dizem rejuvenescer.

Buscando e não encontrando nada
Pedindo um pouquinho de atenção
Querendo me sentir amada
Entregando facilmente o coração.

Tentando não pensar no óbvio
No que não quero querer
Sofrendo com a insônia que vem a me consumir
Inaceitando a ironia dos meus sonhos
Do pecado de sentir.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ruína





Eu e você numa praia esquecida
Sendo parte de um mesmo
Recordando a alegria perdida

Eu e você como a letra de um bolero
Nós como um jogo incerto
Sendo loucos com o arbítrio
Percorrendo o labirinto
Que se chama coração.
Como cordas de uma viola
Celebrando uma esmola
Vinda depois do furacão.

Eu e você perdidos numa cabana
Eu sendo a tua ama ou você o meu senhor
Sendo amantes de carícias
Montando nossas vidas
Numa casa de penhor.
Esperando os instantes
E as fúrias inconstantes
Da inconsequência do amor.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Pensamento de café


Há um silêncio em meus pensamentos
Uma falta de oxigênio no ar
Sento num lugar qualquer
Sem medir minha força
Querendo me exaltar

Há um barulho na minha mente
Há uma falta que não quer calar
Há uma vida descontente,
Num espaço aberto me fechar.

Um incomodo na alma
Aonde é que você está?
Sinto longe, estando perto,
Na loucura do meu mal-estar

Estou insana, só posso ser.
Se do momento faço drama
Procurando por você
Sentindo algo novo,
No velho entardecer.

Vendo o vento passar
No semblante de quem me ver
Numa mesa em pleno ar
Esperando poder te ver

Arriscando o que eu já tenho
Ou buscando o que vai chegar
Tendo esperança em minha fé
Parando aqui para pensar
Ou simplesmente tomar café.



Pensamento de café

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Poesia em branco

Não sei o que dizer,
Há tanto não faço isto
Vejo tudo liso,
Papel, paisagem, aviso!

O quê que pode ser?
O vazio, a inspiração, a tv.
O que há de velho?
O novo, a rotina, o espelho.

Talvez não haja labuta, na força bruta
Talvez eu só esteja cansada
Sentindo falta do tudo, do nada, amada.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Poesia 18/10/०५ Piquinique

Flores, frutas e nevoeiros
Borboletas, velas e ninho
Distancia, proximidade, estrangeiros
Beijos, abraços e vinho.

Tranquilidade no motim do coração
Embaraçando e deselinhando os corpos
Expressando minha ternura
Fugindo do que já passou

Excesso de amor na ausência de emoção
Insólidez na sólida edificação
Visando um alvorecer doce numa noite clara
Revirando mágoas, vícios e torturas
Desintoxicando meu ser perante a cura

Relva, cachoeira e moinho.
Céu fechado a chover
Bravura, meiguice, a todo amanhecer.
Tudo já foi há algum tempo
Tudo foi por você.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Portfólio



Desabafo - Texto produzido em 2006


É confuso não sei dizer. Posso usar as palavras que eu quiser e não consigo. Posso ser quem eu quiser e não me deixam. Posso voar pra onde quiser, mas não sei se devo.
Queria escrever sobre o que realmente sei, o que há de estranho em minha confissão, o que há de absurdo, de anormal ou insano. Posso falar tudo isso, mas no fim não digo nada, não grito, não me exponho.
Eu posso até estar errado, confundir amor com abdução. Posso até não fazer a mínima idéia do que estou escrevendo aqui e agora, mas o que me interessa? Eu sou apenas eu. Nada que eu faça, pense ou tente mudará isso. Sinto desejo de revelar as minhas entranhas, de sucumbir as minhas vontades, de escrever aos meus iguais sem receios, talvez eu fosse mais feliz. Mas sempre há um “mas”, e é por isso que me calo, no fundo tudo sei e nada falo, e nada disso me fará ser menos EU.