Vendo as folhas em branco,
Fugindo da memória vazia,
Acordando na aurora,
Visitando palavras frias,
Esperando qualquer hora.
A fé que move a minha vida
A dor que anuncia mais feridas
O risco que aparece sem saída
São tudo lapsos,
Distrações de uma lembrança esquecida.
E então me vejo, bem diante de mim.
Perguntando onde foi parar a velha “eu”
Onde foi parar os resultados?
Os objetivos e os estados,
Sucumbidos por mim.
O pior é que estando na estagnação que existe balanço,
Na presença é que eu sinto falta,
Na solidão é que eu vejo descanso,
E é na partida que está a chegada
No comodismo é que quero a luta,
E na estrada vazia estar acompanhada
Na segurança, inversa conduta.
Guerreando valente na paz absoluta.